“Quando os homens do lugar lhe perguntaram sobre a sua mulher, ele disse: ‘Ela é minha irmã’. Teve medo de dizer que era sua mulher, pois pensou: ‘Os homens deste lugar podem matar-me por causa de Rebeca, por ser ela tão bonita’.” – Gn. 26:7
Não acredito em maldição hereditária, acredito em pecado aprendido. Isaque mentiu, e mentiu exatamente como mentira seu pai Abraão, e pior, na mesmíssima situação – embora Abraão tenha contado uma “meia verdade” – porém, sabemos que uma meia verdade é uma completa mentira.
Isaque não apenas copiou o mau comportamento do pai, mas usou a mentira sem a menor necessidade. Quem faz da mentira sua ferramenta de escape, acaba usando-a indistintamente em toda e qualquer situação, até quando não há qualquer necessidade de mentir, o faz por puro vício, quase um prazer.
A ideia de que herdamos um mal de nossos pais, do qual não podemos nos livrar a não ser por algum tipo de ritual é extremamente conveniente para justificar nossas mazelas. “Menti por medo”, “Menti para lhe proteger“, “Menti porque não sabia o que dizer” e assim, anestesiamos nossa culpa e nos convencemos de que estamos fazendo algo justificável.
As palavras do rei a Isaque são emblemáticas: “Você tem ideia do que você fez?” Parece-me que o mentiroso não tem a menor ideia das consequências de suas mentiras sobre a vida dos que lhe cercam!
Em nome de Jesus: não minta! Haja o que houver, não minta! Digo isso assim mesmo, sem poesia, sem frase de efeito, sem filosofar: não minta! Quando você mente, você destrói não apenas a sua vida, mas a de todos os que estão ao seu redor.
No amor do Pai,
Roger