Esperança

Theophaneia

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Dificilmente se acha um meme gospel mais aleatório e absurdo que o da Pastora Nadir. A cada visita ao inferno, além de ver Michael Jackson correndo e algumas moças fazendo chapinha, a tal senhora coleciona absurdos. Contudo, dentre esses tantos, acredite, há um que é recorrente entre as pessoas que buscam o sagrado: excluir a experiência humana da revelação divina.

Os que são do Caminho sabem que não há nada que desperte mais a atenção dos crentes do que as revelações. Nossa curiosidade sempre é aguçada por um “Eis que te digo” ou “Eu sonhei que…” – exceto quando se deve na Praça da Fé, porque, neste caso, a irmã do coque é sempre nossa algoz.

Mas, estando em dia com o Carnê da Santidade, somos atraídos por qualquer fagulha que nos traga um pouquinho de luz do que acontece do outro lado. Sejam ovelhas andando em círculos ou um chip sob a pele, hoje, tudo é motivo de arrepio.

Curiosamente, Deus fez o caminho inverso. Enquanto o humano sobe seus degraus de Babel, o Eterno desce pelo outro lado ao nosso encontro. Num doce contraste absurdo, não busca o místico ou a entrada triunfal, mas encarna na figura de um bebê, tão poderoso, que mal consegue segurar o cocô e o xixi. Sim, o Criador se submete aos cuidados de uma mãe para começar sua jornada aqui.

Por isso, não é o místico que nos salvará de nossas crises, mas a pequenina citação de Hebreus, ao dizer que Ele foi “alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação”. Sim, a maior revelação não está no sonho, mas no experienciar. Por isso, falhamos quando vivenciamos o agir do Eterno e nos calamos: “Ain, mas ninguém me dá oportunidade pra testemunhar”. Oi!?

Há 7 anos eu travo uma batalha com a solidão. Não, isso não é lamento de rede social, sou bem acolhido por amigos bem presentes! Esse é o testemunhar de alguém mundano que experimenta o cuidado de Deus na Terra. Dias bons, dias não tão bons, noites ruins… mas em todo o tempo, Ele está. E cada vez que dobro os joelhos, o Céu desce. Não vejo luzes nem ouço vozes, mas a divina paz invade meu coração e venço mais um dia.

Esse é o meu testemunho, qual é o seu? Não deixe de falar, porque talvez, e só talvez, seja assim que o Reino venha até nós.

Publicado por Roger da Escola

L. Rogério (o “Roger da Escola”) é pai da Bia, fundador da Escola de Adoração, formado em Sistemas, Marketing, Comunicação, Teologia e faz MBA em Mktg pela USP. Fã do Cheescake Factory e de The Big Bang Theory.

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