Sou um apaixonado pela graça. Mais que isso: sou dependente dela. Me causa arrepios ouvir “paguei o preço”, “fiz por onde”, “aceitei Jesus” e um monte de outras bobagens que simplesmente tentam [em vão] anular a graça. Contudo, Paulo é muito claro: “Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?” (Rm. 6.1-2).
Dentre tantas artimanhas, o pecado tenta nos seduzir com uma de suas maiores estratégias mentirosas (típico dele): você está com um ‘problema’. E quando ingenuamente acreditamos nisso, somos conduzidos a outras 3 mentiras:
[Mentira 1] “Você pode resolver esse problema” – Nesse estágio, muitos abandonam a igreja, os amigos e a família acreditando que ‘dar um tempo’ vai resolver o ‘problema’. Parece que tomamos um anestésico que transforma a culpa num leve incômodo.
[Mentira 2] “Se fosse tão grave, Deus já teria te fulminado” – A ideia de que se não acontece nada com a gente é porque Deus ‘nos entende’ torna-se ainda mais atraente quando estamos longe de Deus e da comunhão com a igreja.
[Mentira 3] “O jeito é conviver com isso” – Esse talvez seja o estágio final. Quando chegamos aqui, o pecado tornou-se um bichinho de estimação que estranhamente tem o nosso cuidado. Não se trata de um cachorrinho bonitinho – é uma lagarta asquerosa que repousa sobre nosso ombro e sorri pra nós. E não se iluda, ela nunca se tornará uma borboleta!
Meu clamor nessa manhã não é por outra coisa a não ser isto: que eu sempre enxergue pecado como pecado, e problema como problema. Problema se resolve com dedicação, estratégia e oração. Pecado se resolve também com oração, mas nunca sem que antes venha a confissão. E resolve-se mesmo, porque Ele não apenas perdoa, mas sara também (Sl. 103.3).
Que o Espírito Santo nos dê a sensibilidade de uma ferida aberta para com o pecado. Que ao menor sinal de sujeira possamos sentir a dor de uma palmada na pele já queimada pelos raios do mundanismo. Que não sejamos zumbis na terra do pecado, mas que estejamos mortos… bem mortos.
No amor de Cristo,
Roger
“Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. Ele é o que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades” Sl. 103.1-3